A mídia noticiou algo surpreendente e repugnante na última semana. Um austríaco, chamado Josef Fritzl, manteve sob cárcere privado sua filha Elisabeth durante vinte e quatro anos. Durante todo esse tempo ele enganou a sua esposa afirmando que a filha havia fugido de casa para juntar-se a uma seita religiosa.
No cativeiro Elizabeth foi molestada sexualmente durante todo esse tempo. E, como resultado desses abusos sexuais foram gerados seis filhos. Três desses filhos foram criados no cárcere e nunca haviam contemplado a luz do sol, até que a liberdade os alcançasse.
Contemplar a luz deve ter sido uma experiência transformadora. Elas estavam habituadas às limitações do minúsculo cativeiro e certamente não podiam imaginar que havia, como disse o músico, “tanta vida lá fora”.
Isto lembra o cárcere a que todos somos submetidos por conta do nosso afastamento de Deus. Nossa visão de mundo se restringe as sensações “agradáveis” que experimentamos no nosso cotidiano. Nada é tão pragmático e tão atraente como estas sensações. Sentimos-nos tão bem dentro do mundo que criamos, que pediríamos com todas as nossas forças para que ninguém nos tirasse dali. A verdade é que pensamos que o nosso cativeiro é, na realidade, a nossa fortaleza.
No entanto, creio que uma vida tão bela, tão intensa, tão complexa não pode se resumir a sensações que criamos. Nosso senso de bem estar pode ser fruto da visão única do cativeiro que conhecemos durante toda a nossa existência.
Certa vez Jesus disse: “e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.” E em outro lugar também declarou: “… Eu sou o caminho, a verdade e a vida;...”
Tentei imaginar como foi a primeira visão da liberdade que aquelas pessoas tiveram na Áustria.
- “Olha, aquela luz é bem maior!”; Puxa, aqui não tem paredes, olha como a gente pode andar longe!, hei, você já sentiu esse cheiro? Que maravilha........".
Não permita que as suas sensações determinem a verdade. Creia que existe algo maior. Algo que está além da percepção natural. Algo sobrenatural e espiritual. Uma vida que vale a luta de sair do escuro para contemplar a luz.E você, já imaginou o que pode viver com Jesus?